A Superfície tem a honra e o prazer de apresentar a exposição José Leonilson — Que sejam muitas as manhãs de Verão, com curadoria da crítica de arte Lisette Lagnado, autora da primeira monografia e retrospectiva do artista, realizada em 1995.
A mostra reúne um conjunto de cerca de vinte trabalhos—entre desenhos, pinturas, bordados e objetos— cujo recorte busca evidenciar a conhecida afinidade do artista com a obra de Konstantinos Kavafís (1863-1933). O paralelo entre José Leonilson (1957-1993) e um dos maiores poetas em idioma grego do século XX é um dos temas discutidos na última entrevista concedida pelo artista antes de falecer precocemente, vitimado pela aids.
É possível perceber que viagens e experiências pontuam sua linguagem por meio de símbolos: flores, asas, pedras, pontes e rios, entre outros. Por meio do gênero autobiográfico, ambos destacaram o prazer de um Eros sempre pulsante e a melancolia do encontro dos corpos.
Durante a visita à exposição, é possível acompanhar e apreciar os trabalhos, que ocupam os dois andares da galeria, levando consigo uma seleção de poemas impressos. A Superfície comemora oito anos de existência retomando um dos maiores nomes da arte brasileira que foi tema da segunda exposição da galeria, em 2014.
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