A exposição Austeridade das Formas, de Rodrigo Garcia Dutra, investiga as conexões do edifício Copan com o palácio imperial Katsura, em Kyoto, Japão. O título se refere à organização austera dessas duas estruturas arquitetônicas: a rigidez e imposição da ordem em relação ao caos. No Japão esse caos é representado pela natureza, que nos próprios jardins é respeitado, entrando em contraste com os jardins europeus, organizados de forma cartesiana. No Copan essa ordem se estabelece em relação ao próprio caos urbano.
Rodrigo investiga, também, a não necessidade de uma arquitetura autoral em Katsura. O estilo era definido pelo zeitgeist da época e não havia a figura do arquiteto-autor, como no ocidente. O artista apresenta, nesta exposição, uma série de pinturas que representam a conexão entre estes espaços. Além disso, um vídeo com imagens captadas no Copan, assim como na réplica do palácio imperial, que existe no Parque do Ibirapuera, para explorar essas relações.