
Romanita Disconzi formou-se em pintura pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1960. Poucos anos depois, passou a dedicar-se também à gravura, com ênfase em serigrafia. Nessa mesma época, Romanita Disconzi estava estudando pintura, desenho e impressão em Porto Alegre com os artistas Ado Malagoli, Luiz Solari e Julio Plaza. Sua primeira individual foi na Galeria Leopoldina, em 1967, e, em 1970, apresentou uma série de serigrafias com símbolos gráficos na sua segunda mostra individual no Instituto Cultural Norte-Americano de Porto Alegre. Residiu nos EUA, onde recebeu o título de Master in Fine Arts, pela School of the Art Institute of Chicago e iniciou pesquisa sobre linguagem televisiva, transportando-a para a pintura. Participou da Bienal de São Paulo em 1973. Na década de 1970, integrou o grupo Nervo Óptico, do qual faziam parte Ana Alegria, Carlos Pasquetti, Clóvis Dariano, Elton Manganelli, Mara Álvares, Carlos Asp, Carlos Athanázio, Telmo Lanes, Jesus Escobar e Vera Chaves Barcellos. Em paralelo, passou a compor o corpo docente do Instituto de Artes da UFRGS em 1977.
A partir de 1979, inicia uma pesquisa artística com vídeo e performance. Realizou doutorado na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, em 1991, e foi diretora do Museu de Artes do Rio Grande do Sul (MARGS) em 1995, o que possuem em seu acervo peças gráficas, totens e sólidos geométricos da artista. No mesmo ano participou da coletiva-homenagem ao cinema gaúcho, Espaço I, Usina do Gasômetro, Porto Alegre. Em 2008 realizou a mostra A Natureza e a Sombra Sintética – Vídeos & Fractals, uma individual com o resultado de suas pesquisas de vídeo-arte no Paço Municipal de Porto Alegre, com a qual foi indicada para o prêmio Açorianos de Artes Plásticas na categoria arte-tecnologia.
Em 2015, a Tate Modern abre a exposição The World Goes Pop que conta com um trabalho de Disconzi, mostrando as diversas reverberações da pop art pelo mundo. O Totem de Interpretação, de 1969, é o primeiro de uma série de experimentos da artista que procuravam decodificar, desmembrar e reestruturar sistemas semióticos. O trabalho é composto por cubos, cilindros e vários polígonos que se assemelham aos brinquedos das crianças em uma escala ampliada, convidando os espectadores a criar uma estrutura única, estabelecendo associações arbitrárias e novos significados.


Romanita Disconzi ao lado da obra Totem de Interpretação, 1969


Totem de Interpretação
1969
Pintura sobre madeira
40 × 40 × 40 cm cada


Totem de Interpretação
1969
Pintura sobre madeira
40 × 40 × 40 cm cada


Totem de Interpretação, 1969
1969
Pintura sobre madeira
40 × 40 × 40 cm cada


Totem de Interpretação
1969
Pintura sobre madeira
40 × 40 × 40 cm cada


Totem de Interpretação
1969
Pintura sobre madeira
40 × 40 × 40 cm cada


Desde A Maçã
1971
Serigrafia sobre papel
93 × 66 cm


Aquela Mandinga Pra Frente
1970
Serigrafia sobre papel
93× 66 cm


Girassol – Leste – Oeste
1971
Serigrafia sobre papel
96 × 66 cm


Marca Registrada
1971
Serigrafia sobre papel
93× 66 cm


Identidade
1969
Serigrafia sobre papel
58× 45,5 cm


Pêso Forte Pêso Certo
1971
Serigrafia sobre papel
96× 66 cm


Apêlo
1969
Serigrafia sobre papel
47 × 34 cm


Os Pombos da Praça
1970
Serigrafia sobre papel
66× 91 cm


Fotografias da 11ª Bienal de São Paulo, 1971


11ª Bienal de São Paulo, 1971


11ª Bienal de São Paulo, 1971


11ª Bienal de São Paulo, 1971


11ª Bienal de São Paulo, 1971


Os Anônimos Procuram
1969
Serigrafia sobre papel
41 × 42 cm


Saída de Emergência
1970
Serigrafia sobre papel
93× 66 cm


Inscrição 1970 A.D.
1970
Serigrafia sobre papel
93× 66 cm


Proibido
1969
Serigrafia sobre papel
58 × 42.5 cm


Comunique-se, por favor
1969
Serigrafia sobre papel
66 × 48 cm


Esquerda/Direita
1969
Serigrafia sobre papel
57,5 × 43 cm


É Preciso Chegar Primeiro
1971
Serigrafia sobre papel
93 × 66 cm