
Hermelindo Fiaminghi foi um artista múltiplo e de intensa atuação no cenário cultural de São Paulo. Suas várias experiências profissionais influenciaram mutuamente sua pesquisa imagética. Mesmo sendo um dos protagonistas do grupo concreto paulistano, Fiaminghi dedicou a maior parte de sua carreira, de 1960 a 1990, à investigação do uso da cor. Ele nomeia essa parte importante de sua produção pelo termo Corluz, optando ora pelo uso de retículas de fotolito e do offset em CMYK, ora pelo emprego da têmpera.
Nascido em São Paulo em 1920, Fiaminghi frequentou o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo entre 1936 e 1941, onde estudou pintura com Waldemar da Costa. No mesmo período, cursou artes gráficas, dedicando-se durante muito tempo à litografia e trabalhando nas principais indústrias gráficas de São Paulo. Em 1946, ele inaugura o Graphstudio, seu escritório de produção gráfica que o leva a trabalhar na área publicitária. É na década seguinte que sua produção como pintor começa a tomar mais corpo. Em meados da década de 1950 Fiaminghi integra o grupo de artistas concretos de São Paulo coordenado por Waldemar Cordeiro, participando ativamente da I Exposição Nacional de Arte Concreta, contribuindo em projetos de poemas-cartazes de grandes poetas concretos, como Haroldo de Campos e Décio Pignatari e atuando na produção gráfica da revista Noigandres. As obras, que apresentam pouca variedade de cores nesse momento, criam um ritmo visual e trabalham com a sugestão de deslocamento de figuras geometrizadas. Em seguida, o artista participa da criação do Ateliê Coletivo do Brás e desenvolve a série Virtuais. Entre 1959 e 1966, Fiaminghi frequenta o ateliê de Volpi, se aprofundando na técnica de pintura com têmpera e explorando cada vez mais a transparência das cores. Em 1963, co-funda a Associação de Artes Visuais e a Galeria Novas Tendências, em São Paulo e seis anos mais tarde, funda o Ateliê Livre de Artes Plásticas, em São José dos Campos, do qual foi diretor e professor. Na década de 1980, sua pincelada se afasta definitivamente da rigidez concretista: nas séries Desretratos e Despaisagens, o artista apresenta gestos mais livres, que revelam o colorido como superfície flutuante.


Composição vertical I
1953
Óleo sobre tela
45 x 37 cm


Sequência de curvas
1953
Tempera sobre cartão gessa
60 × 50 cm


Elevação Vertical com Movimento Horizontal
1955
Esmalte sobre eucatex
60 × 60 cm


Long-play / Triângulos Entrosados
1955
Esmalte sobre Eucatex
45 x 45 cm


Triângulos com movimento espiral
1956
Esmalte sobre Eucatex
60 x 60 cm


Círculos com movimento alternado
Esmalte sobre madeira
60 x 60 cm


Círculos alternados II


Alternado Horizontal III
Esmalte sobre madeira
60 x 60 cm


Círculos alternados III
Esmalte sobre madeira
60 x 60 cm


Triângulos com Movimento Diagonal
1956
Esmalte sobre eucatex
60 × 60 cm


Círculo com Movimento Alternado
1956
Esmalte sobre eucatex
60 × 60 cm


Círculos Concêntricos e Alternados
1958
Esmalte sobre eucatex
60 × 35 cm


Sem título
Têmpera-vinílica sobre tela
90 x 80 cm


Sem título
Têmpera-vinílica sobre tela
70 x 70 cm


Retículo corluz
1970
Têmpera sobre tela
70 × 70 cm


Retícula Corluz B
Têmpera sobre tela
70 x 70 cm


Sem título
Têmpera-vinílica sobre tela
100 x 50 cm


Alternado II
1971
Óleo sobre tela
130 × 130 cm


Estamos Fritos / Modulado71
1971
Offset e têmpera sobre tela
100 × 100 cm


Refração
Têmpera e óleo sobre tela 100 x 100 cm


Desretrato de Haroldo de Campos — Estrutura de 4 módulo
1973
Têmpera sobre tela
80 × 80 cm cada;
160 × 160 cm total


desretrato_H.Campos_73_2 nº 27732_2


desretrato_H.Campos_73_3 nº 27723_2


desretrato_H.Campos_73_4 nº 27724_2


Desretrato de Haroldo de Campos para Xadrez de Estrelas
1973
Impressão offset
115 × 115 cm


Da série ‘Desretrato de Haroldo de Campos’
Têmpera sobre tela
80 x 80 cm


Retícula corluz X
1973
Têmpera sobre tela
75 × 75 cm


Casulírico [“SJC”]
1975
Têmpera-óleo sobre tela
70 x 70 cm


Casulírico I
1975
Têmpera sobre tela
30 × 70 cm
—
Coleção Haroldo de Campos


Progressão de triângulos I
1979
Têmpera-óleo sobre tela
150 × 130 cm


Corluz
1985
Têmpera sobre tela
117 × 140 cm


Corluz
1985
Têmpera sobre tela
117 × 140 cm


Despaisagem retícula corluz 5
1985
Têmpera sobre tela
117 × 140 cm


Despaisagem retícula corluz
1985
Têmpera sobre tela
117 × 140 cm


Desretrato retícula corluz — Haroldo de Campos
1985
Têmpera sobre tela
115 × 115 cm
—
Coleção Haroldo de Campos


Desretrato retícula corluz — Alfredo Volpi
1985
Têmpera sobre tela
115 × 115 cm
—
Coleção Maria Eugênia Volpi


Desretrato retícula corluz — Alfredo Volpi
1985
Têmpera sobre tela
115 × 115 cm


Retícula corluz D
1985
Têmpera sobre tela
115 × 115 cm


Retícula corluz E
1985
Têmpera sobre tela
100 × 100 cm


Corluz 9002
Têmpera sobre tela
140 x 150 cm


Corluz
Têmpera sobre tela
120 x 140 cm


Despaisagem retícula corluz
1986
Têmpera sobre tela
117 × 140 cm


Corluz
1987
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm


Corluz 5787
Têmpera-óleo sobre tela
130 x 150 cm


Corluz
1987
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm


Corluz
1987
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm


Corluz 6687
1987
Têmpera-óleo sobre tela
130 x 150 cm


Corluz
1989
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm
—Coleção Museu de Arte Moderna [MAM] de São Paulo


Corluz 8913
Têmpera-óleo sobre tela
130 x 150 cm


Corluz
1989
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm


Corluz
1989
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm


Corluz
1989
Têmpera-óleo sobre tela
140 × 150 cm


Corluz
1989
Têmpera-óleo sobre tela
117 × 140 cm


Corluz
1989
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm


Corluz 8925
Têmpera-óleo sobre tela
130 x 150 cm


Corluz
1989
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm


Corluz
1989
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm


Corluz
1989
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm


Corluz
1989
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm


Corluz
1989
Têmpera-óleo sobre tela
130 × 150 cm


Corluz 8915
1989
Têmpera sobre tela
117 x 140 cm


Corluz 9600
1996
Têmpera sobre tela
130 x 150 cm