Andréa Hygino
Exposições Coletivas +

2022
Prêmio FOCO 2022. ArtRio, Rio de Janeiro, Brasil.
19º Salão Nacional de Arte de Jataí. Jataí, Goiás, Brasil.
Saravá. Anita Schwartz Galeria de Arte, São Paulo, Brasil.
CADEIRAÇO [Barricada]. Museu da Universidade de Witwatersrand, Joanesburgo, África do Sul.
I Like South America South America Likes Me. Galeria Belmacz, Londres, Inglaterra.

2021
Suburbanidades: O Lugar da periferia na arte contemporânea. Museu de Arte Comtemporanêa [MAC] Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.
On the shoulders of giants. Galeria Nara Roesler, Nova York, Estados Unidos.
Sobre os ombros de gigantes. Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil.
Mostra Poéticas Femininas na Periferia. Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil.

2020
Abre Alas 16. Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro,Brasil. 
minúsculas. Centro de Artes Calouste Gulbenkian, Rio de Janeiro, Brasil.

2019
24º Salão Anapolino de Arte. Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, Brasil.
Corpos-cidades. Espaço Cultural Pence, Rio de Janeiro, Brasil.
Esqueleto. Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil.
Fotograma por fotograma. Cine Galeria, Rio de Janeiro, Brasil.

2018
Emergência dos corpos. Centro Cultural Justiça Federal, Niterói, Brasil.
Circuito Grude 2018 - Incorporo a revolta. Circuito livre lambes em 29 cidades do Brasil e do exterior.
Destraços. Galeria de Arte UFF Leuna Guimarães dos Santos, Niterói, Brasil.
Achados e perdidos. Galeria Gustavo Schnoor – Universidade Estadual do Rio de Janeiro [UERJ], Rio de Janeiro, Brasil.
[Des] formar. Centro Cultural do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro, Brasil.

2017
Panelas de pressão também sibilam. Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, Brasil.
Prova de Estado. Galeria Candido Portinari — Universidade Estadual do Rio de Janeiro [UERJ], Rio de Janeiro, Brasil.
 
2016
Impressões cotidianas, Espaço Vórtice — Universidade Federal do Rio de Janeiro [UERJ], Rio de Janeiro, Brasil.

Andréa Hygino atua como artista visual, arte-educadora e professora. É formada em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro [UERJ] e Mestra em Linguagens Visuais, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro [UFRJ]. Frequentou os ateliês de gravura da Escola de Artes Visuais [EAV] do Parque Lage e da UERJ e foi professora substituta de desenho na Escola de Belas Artes da UFRJ. Atualmente, leciona no Instituto de Artes da UERJ e nos espaços de arte independentes do Estúdio Belas Artes e do Centro Cultural Lanchonete< >Lanchonete. Em 2020 ganhou o Prêmio SelecT de Arte Educação [categoria Camisa Educação], com o projeto “Saída de Emergência”, feito em co-autoria com a artista Luiza Coimbra.

Andréa produz a partir de diversas linguagens, como o desenho, performance, escultura e fotografia, mas encontra na gravura uma investigação em especial: a operação de gravar uma superfície e produzir uma marca sobre um suporte se revela enquanto vontade de construção de um arquivo de memórias inscritas. Em uma entrevista para a revista Desvio, a artista comenta: “O que me interessa, para além do próprio comentário sobre gravura, é resgatar esses rastros de existências que são geralmente invisibilizadas ou apagadas; fazer lembrar e celebrar pessoas anônimas; contar e arquivar suas histórias em registros fragmentados.” As especificidades dos processos gráficos de seus trabalhos, como repetição, diferenciação e espelhamento, ensejam a discussão sobre aparelhos do adestramento escolar, ecoando folhas pautadas, exercícios de caligrafia, cadeiras para destros, carimbos didáticos, entre outros. De forma geral, a obra de Andréa reflete a situação da edução e do ensino público no Brasil, e por diversas vezes encontra na desobediência estudantil o lugar necessário de contestação e criação.

 

Obras

Tipos de comer

da série Tipos de comer, 2022
Impressão adesivada em PVC
Políptico de 18
13 × 20 cm cada

O trabalho é uma espécie de cartilha escrita dentro da minha própria boca –  precisamente sobre a língua, órgão da comunicação/fala e da digestão. A tipografia é feita com macarrões para sopa de letrinhas. A cartilha apresenta nomes de alimentos geralmente encontrados nas cestas básicas. Tipos de comer é uma boca aberta pra comer e pra falar; uma cartilha contra as condições de inanição e ignorância em nosso país.

Sem Título

da série Tipos de comer, 2022
Impressão adesivada em PVC
Políptico de 18
13 × 20 cm cada

Sem Título

da série Tipos de comer, 2022
Impressão adesivada em PVC
Políptico de 18
13 × 20 cm cada

Sem Título

da série Mordido, 2019/2022
Coleta de lápis mordidos por estudantes
Dimensões variáveis

Fotografia: Pedro Bittencourt

Ensino Superior

2022
Madeira
55 × 60 × 209 cm

Ensino Superior integra a série de esculturas produzidas a partir de carteiras escolares descartadas por escolas e universidades. A mobília recuperada sofre uma série de alterações em sua estrutura. As formas resultantes ensaiam possibilidades disruptivas ou disfuncionais enquanto questionam certos aspectos da educação pública no Brasil, como as dificuldades de acesso ao ensino formal.

Fotografia: Wilker Barros

Saída de Emergência

da série Protótipos Inadequados, 2021
Madeira
23 × 26 × 61 cm

Ensino Superior

da série Protótipos Inadequados, 2021
Madeira
23 × 26 × 61 cm

Ambidestra

da série Protótipos Inadequados, 2021
Madeira
26 × 23 × 42cm

Escreveu, não leu: o pau comeu

 

Escreveu, não leu: o pau comeu

As duas artistas, posicionadas de um lado e de outro do vidro da biblioteca do Museu de Arte do Rio [Espaço Orelha], empreendem sobre a superfície translúcida um exercício de cópia, de repetição escrita. A primeira artista escreve e reescreve ao longo de todo o vidro a frase “Escreveu, não leu: o pau comeu“ utilizando caneta de quadro azul. A segunda artista, do outro lado do vidro, contorna as letras já escritas – e espelhadas do seu ponto de vista – utilizando caneta de quadro vermelha; um exercício servil, mecânico, mimético e irrefletido. Não por acaso, o ditado popular que denota coerção, obediência irrefletida, utiliza como lugar metafórico o ambiente escolar. O discurso contido na sentença Escreveu, não leu: o pau comeu expõe as duas facetas de um mesmo problema: um processo de aprendizado reduzido a ideia de obedecer regras e repetir modelos estabelecidos sem ponderar e uma sociedade subserviente, alheia a um posicionamento crítico.

Fotografia: Rudolf Kurz

Escreveu, não leu: o pau comeu

2020
Performance
Museu de Arte do Rio [MAR]

Co-autoria: Luiza Coimbra
Fotograf: Rudolf Kurz

Sem Título #1

da série Das vezes que não foi à Lua, 2017/2020
Frotagem
Grafite sobre algodão cru
53 × 77 cm

Fotografia: Gabriel Lopes

Sem Título #2

da série Das vezes que não foi à Lua, 2017/2020
Frotagem
Grafite sobre algodão cru
90 × 45 cm

Fotografia: Gabriel Lopes

Sem Título #4

da série Das vezes que não foi à Lua, 2017/2020
Frotagem
Grafite sobre algodão cru
68 × 53 cm

Fotografia: Gabriel Lopes

“Este é um pequeno passo para o homem…”
[Neil Armstrong]

Investigo existências que não são mencionadas pela História e seus registros oficiais ou pela grande mídia, pessoas talvez consideradas não memoráveis; aquelas que se juntam nessa massa de gente nas ruas da cidade, que movimentam a vida diária e real. Diante das imagens célebres das pegadas de Neil Armstrong no terreno lunar, estas seriam apenas os pequenos passos de homens e mulheres comuns. Enquanto reúno esses vestígios, reflito sobre a própria forma como um arquivo é elaborado. Que interesses balizam o que deve integrar, ou não, o arquivo? Quem deve ser lembrado? Quem será apagado/esquecido? Quem tem direito à memória? Ou ainda, quem tem direito sobre ela?

Um palimpsesto de traços, desenhos, riscos, palavras depositadas sucessivamente. A série Prova de Estado é um conjunto composto por oito gravuras obtidas a partir da impressão de tampos de carteiras escolares.
A apropriação desta superfície como matriz xilográfica ready made gerou gravuras que reproduzem os registros deixados por diversas alunas e alunos ao longo do tempo.

Fotografia: Caapiranga Produções

P.E. Janelas

da érie Prova de Estado, 2013
Xilogravura
Tinta tipográfica sobre papel chinês
42 × 60 cm

Fotografia: Caapiranga Produções

P.E. Matheus coração

da érie Prova de Estado, 2013
Xilogravura
Tinta tipográfica so papel chinês
42 × 60 cm

Fotografia: Caapiranga Produções

P.E. Pedro Thucca Mary

da série Prova de Estado, 2013
Xilogravura
Tinta tipográfica sobre papel chinês
42 × 60 cm

P.E. Zigue-zague

da série Prova de Estado, 2013
Xilogravura
Tinta tipográfica sobre papel chinês
42 × 60 cm

Cadeira Universitária

2017
Intervenção no espaço público com lambe-lambes
Serigrafia sobre papel jornal
Dimensões variáveis

Co-autoria: Luiza Coimbra
Fotografia: George Magaraia

Cadeira Universitária

2017
Intervenção no espaço público com lambe-lambes
Serigrafia sobre papel jornal
Dimensões variáveis

Co-autoria: Luiza Coimbra
Fotografia: George Magaraia

Marimbas

2017
Carimbos didáticos, linha de pipa e cerol
100 cm

Marimbas

2017
Carimbos didáticos, linha de pipa e cerol
100 cm

Desenho de pauta à mão livre

2017
Desenho
Caneta azul sobre folha de papel almaço sem pauta
Dimensões variáveis

Fotografia: Caapiranga Produções

Desenho de pauta à mão livre

2017
Desenho
Caneta azul sobre folha de papel almaço sem pauta
Dimensões variáveis

Fotografia: Caapiranga Produções

Exercício da destreza

2016
Desenho
Grafite sobre folha pautada
Políptico de 70
29,7 × 21 cm cada

Exercício da destreza

Valendo-me de minha condição de canhota, iniciei um exercício diário de redação manual até que minha mão direita adquirisse a capacidade de produzir uma escrita semelhante a da esquerda. Em folhas pautadas escrevia repetidamente a frase “Devo desenhar com destreza”, dispondo-a como nas cópias que os alunos/as são obrigados/as a fazer.

Fotografia: Caapirangas Produções

Estudo sobre a mesa

2015
Apropriação de mesa escolar
Escultura | gravura
222 × 41 110 cm

Fotogr: Karoline Mosinho e Galeria Nara Roesler

Estudo sobre a mesa

Vista da exposição Sobre os ombros de gigantes, na Galeria Nara Roesler, 2021

Fotografia: Karoline Mosinho e Galeria Nara Roesler

Sem título #1

da série Evanescências, 2015
Gravura de topo e tinta tipográfica sobre papel Hahnemuhle
23,5 × 17 cm

Fotografia: Pedro Bittencourt