Petite Galerie: Franco Terranova e as vanguardas brasileiras
25.03 — 01.07.23
Artistas

É com grande honra que a Superfície, em ocasião da comemoração dos 100 anos de Franco Terranova, apresenta a exposição Petite Galerie: Franco Terranova e as vanguardas brasileiras. O projeto surge da parceria entre a galeria e o Acervo Petite Galerie, dirigido por Paola Terranova, que há anos preserva a memória e difunde o legado deixado por Franco Terranova. Com abertura marcada para o dia 25 de março, a mostra reúne cerca de 30 artistas que atuaram entre os anos 1950 e 1980, a partir de um recorte que celebra as exposições e os nomes que marcaram a história da icônica Petite Galerie. Além disso, o texto de Frederico Morais, escrito originalmente em ocasião da mostra Petite Galerie, uma visão da arte brasileira (1996), é publicado em nosso catálogo com o objetivo de traçar um panorama da atuação de Franco e da PG no cenário de arte nacional.

Inaugurada em 1953, Franco Terranova assumiu a direção da PG no ano seguinte, atuando até o seu fechamento em 1988. Foi ele a figura essencial para o estabelecimento da galeria como um dos mais importantes espaços de arte no cenário nacional, impulsionando movimentos artísticos e criando um lugar de encontro e troca entre artistas de vanguarda que hoje figuram entre os grandes nomes da arte brasileira.

A exposição apresenta três núcleos: três vertentes narrativas que acompanham a atuação de Franco na construção do programa inovador da Petite Galerie. O primeiro é dedicado a abstração geométrica dos anos 1960. O núcleo seguinte é ocupado pelos artistas que fizeram parte da Nova Figuração Brasileira, cujo engajamento político fomentou a investigação de novos aspectos da pintura e do objeto de arte, com trabalhos de forte caráter subversivo frente ao contexto social da época. Por fim, o terceiro núcleo concentra os artistas da geração de arte conceitual e dos novos meios, com trabalhos em papel, objetos e uma seleção inédita de filmes Super8.


Confira o catálogo da exposição.

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Wanda Pimentel

Da série Envolvimento, 1968
Vinílica sobre tela
116 x 89 cm

Mira Schendel

Sem Título, 1964/65
Óleo sobre papel arroz
47 x 23 cm

Anna Maria Maiolino

Sem Título, 1972
Costura, colagem e nanquim sobre papel
53 x 53 cm

Antonio Dias

Sem Título, 1973
Acrílica sobre tela
55,5 x 65,5 cm

Milton Dacosta

Em vermelho, 1958
Óleo sobre tela
22 x 27 cm

Antonio Manuel

Amarrou um Bode na Dança do Mal, da série Clandestinas, 1975
Jornal
54,5 x 37 cm

Cildo Meireles

Inserções em circuitos ideológicos, 1970
Impressão em transfer sobre 3 garrafas de vidro da Coca-Cola
25 x 5,7 x 5,7 cada

Glauco Rodrigues

Moça, 1967
Vinil e colagem
68 x 45 cm

Jac Leirner

Quadro, da série Os Cem, 1987
Papel moeda e entretela
60 x 60 cm

Luiz Alphonsus

Brazilian sky, 1973
Guache, acrílica e letraset sobre papel
33 x 52 cm

Lygia Pape

Eat me: gula ou luxúria?, 1976
Serigrafia
40 x 47 cm

Pietrina Checcacci

Sob o signo de Câncer, da série O Povo Brasileiro, 1967/68
Acrílica sobre cânhamo
129 x 91 cm

Raymundo Collares

Gibi, 1971
Papel recortado
65 x 65 cm

Regina Vater

Da série Tropicália, 1968
Serigrafia
28 x 38 cm

Sergio Camargo

Sem Título, 1973
Madeira pintada
33,5 x 20 x 16 cm

Sérvulo Esmeraldo

Excitável, c. 1967
Montagem de caixa de placa eletrostática em madeira pintada, acrílico e fio de lã preta
47,6 x 47,6 x 6 cm