Engrenagem Máquina, Corpo Ar
23.07 — 01.10.22
Artista: 

A Galeria Superfície tem o prazer de apresentar a exposição Engrenagem Máquina, Corpo Ar, individual da artista Gerty Saruê, com curadoria e texto de Paula Borghi.

Nascida em Viena, em 1930, Gerty Saruê fugiu do regime nazista aos nove anos, indo morar na Bolívia. Em 1954, muda-se para São Paulo acompanhada dos filhos e do marido. Na cidade, a artista testemunhou o crescimento desenfreado da metrópole e suas máquinas, que têm desde o início papel importante em sua pesquisa.

Gerty participou da IX Bienal de São Paulo, em 1967, e da seguinte, em 1969. Na década de 1970 sua carreira se consolida, passando a realizar ensaios gráficos para livros e revistas. Haroldo de Campos, um dos autores com quem trabalhou, escrevera: “Não se trata de ilustrações, mas de uma verdadeira tentativa de tradução inter-semiótica.” Em 1973, com o artista Antonio Lizárraga, ela realiza o trabalho Metrópole para a XII Bienal de São Paulo. Dois anos depois, Gerty Saruê integra o Panorama da Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Pode-se percorrer sua obra por uma linha historiográfica dos meios de reprodução da imagem: o pensamento gráfico em articulação com a reprodutibilidade técnica e os progressos da atividade industrial. Até o fim dos anos 1990, sua produção é pautada pelo uso de fotografias analógicas, colagens, cópias eletrostáticas e heliográficas, impressões offset e serigrafias. Mais tarde, passa a trabalhar com computadores e processamento eletrônico de informações.

A presente exposição exibe um recorte panorâmico dos trabalhos de Gerty Saruê — incluindo suas monotipias, assemblages, colagens e serigrafias — desde a produção dos anos 1960 até o seu mais recente trabalho Ar, uma instalação que ocupa toda a entrada da galeria e simula uma parede que respira.


A mostra abre no dia 23 de julho e permanece em exibição até o dia 24 de setembro de 2022 e pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábado, das 11h às 17h.


Catálogo


Gerty Saruê
Usina, 1970
Monotipia e nanquim sobre papel
32 × 45 cm

Devaneio na colina, 1964

Guache sobre papel
25 × 35 cm

Sem título, 1964

Guache sobre papel
37,5 × 50 cm

Sem título, 1968

Guache sobre papel
40,5 × 47,5 cm

Pintura-Montagem III, 1967

Madeira e ferro
58,5 × 58,5 × 6 cm
Exposições:
9ª Bienal de São Paulo, 1967 Pavilhão da Bienal, São Paulo, Brasil

Pintura-Montagem V, 1967

Madeira e ferro
55 × 74 × 6  cm

Exposições:
9ª Bienal de São Paulo, 1967 Pavilhão da Bienal, São Paulo, Brasil

Sem título, 1969

Monotipia e tinta tipográfica sobre papel
23 × 19 cm

Sem título, 1969

Monotipia e tinta tipográfica sobre papel
33,5 × 48,5 cm

Tchecov, 1969

Monotipia e tinta tipográfica sobre papel
50 × 70 cm

Sem título, 1969

Monotipia e tinta tipográfica sobre papel
Políptico, 29 ×23 cm cada

Usina, 1970

Monotipia e tinta tipográfica sobre papel
31,5 × 41,5 cm

Laboratório, 1970

Nanquim sobre papel
31,5 × 44 cm

Sem título, da série ‘Burocráticas’, 1984

Letraset, nanquim e colagem sobre papel
36 × 27 cm

 

Sem título, da série ‘Burocráticas’, 1984

Letraset, nanquim e colagem sobre papel
36 × 27 cm

 

Sem título, da série ‘Burocráticas’, 1984

Letraset, nanquim e colagem sobre papel
36 × 27 cm

 

Sem título, da série ‘Burocráticas’, 1984

Acrílica sobre madeira
200 × 146 cm

Sem título, 1984

Colagem, letraset and nanquim sobre papel milimetrado
30 × 43 cm

Sem título, 1984

Cópia eletrostática
29,5 × 42,5 cm

Sem título, 1984

Cópia eletrostática
29,5 × 42,5 cm

Cubatão, 1982

Serigrafia sobre papel
70 × 50 cm

Sem título, 1977

Serigrafia sobre papel
50 × 70 cm

Sem título, 2000

Serigrafia
71 × 86, 5 cm

Sem título, 2000

Serigra
100 × 70 cm

Nebulosa, 2000

Impressão digital
90 × 77 cm

Sem título, 2000

Impressão digital
63 × 110 cm