Marina Camargo
Exposições Individuais +

2022
Cartografías fluidas y otras metamorfosis del espacio. Fundación Giménez Lorente, Universidad Politècnica de València, Valência, Espanha

2021
Shifting:Displaced. Seattle Warehouse — Interloper, Seattle, Estados Unidos
A matter of deletion and other disappearances. Das Schaufenster, Seattle, Estados Unidos

2019
Der ort danach | O lugar depois. Universität zu Köln — Philosophikum, Colônia, Alemanha

2018
Antes, e ainda agora. Espaço Cultural ESPM, Porto Alegre, Brasil

2015
Ensaio sobre uma ordem das coisas. Goethe-Institut, Porto Alegre, Brasil

2013
O ar entre as coisas. Centro de Artes Visuais UFPEL — A Sala, Pelotas, Brasil
Reflexo distante. Galeria Bolsa de Arte, Porto Alegre, Brasil

2012
Planisfério. Galeria Zipper — Zip’Up, São Paulo, Brasil

2011
Color photo — Próximo daqui. Galeria Bolsa de Arte, Porto Alegre, Brasil

2009
Mundos paralelos. Galeria Bolsa de Arte, Porto Alegre, Brasil

2008
Biblioteca. Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil
Espaçamento. Museu de Arte Contemporânea, Curitiba, Brasil
Palavra perdida. Galeria Virgílio, São Paulo, Brasil

2006
Mundo. Instituto Cultural Brasil-Espanha, Porto Alegre, Brasil

2003
Coletas caligráficas. Instituto Cultural Brasil-Espanha, Porto Alegre, Brasil

2002
Ou o gráfico das letras. Goethe-Institute Porto Alegre, Porto Alegre, Brasil

Exposições Coletivas +

2022
37º Panorama de Arte Brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAMSP), São Paulo, Brasil
EXiS — Experimental Film & Video Festival. Seul, Coreia
Das coisas políticas e as políticas das coisas. Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), Recife, Brasil
Mapping The Cartographic: Contemporary approaches to planetarization. Drugo More, Rijeka, Croácia
Coleção Sartori — A arte contemporânea habita Antônio Prado. Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Porto Alegre, Brasil

2021
Antinomia, Exposição virtual. Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), Recife, Brasil
CLAC — Circuito Latino-Americano de Arte Contemporânea. Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre, Brasil
Berlin Britzenale. Berlim, Alemanha
Extremos absolutos. Galeria Punto, Valência, Espanha
Intermingling flux: Guangzhou Image Triennial. Guangdong Museum of Art, Guangzhou, China

2020
AKADEMIEGALERIEHOMEOFFICE. Akademie Galerie, Munique, Alemanha
Retina. Zeiss-Grossplanetarium, Berlim, Alemanha

2019
Gostem ou não. Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Porto Alegre, Brasil
Eu estou aqui agora. Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, Brasil
Science fiction festival. Deutsches Museum, Munique, Alemanha
Aprendendo com Miguel Bakun: Subtropical. Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil
Techne. Paço Municipal, Porto Alegre, Brasil
Techne. Galerie Verein Berliner Künstler, Berlim, Alemanha
Fire Faísca Funke. Mario Kreuzberg Gallery, Berlim, Alemanha

2018
Minor Cosmopolitan. Haus der Kulturen der Welt, Berlim, Alemanha
LOOP Barcelona / Discover Award. Antigua Fábrica Damm, Barcelona, Espanha
Aterro. Pinacoteca Ruben Berta, Porto Alegre, Brasil
RSXXI Rio Grande do Sul Experimental. Santander Cultural, Porto Alegre, Brasil
Torus — Sete lados de uma paisagem. Galeria Mamute, Porto Alegre, Brasil
La imagen arde / Festival Byte Footage. Centro Cultural Kirchner, Buenos Aires, Argentina
Ao lado dela, do lado de lá. Museu da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Pará, Brasil
Ao lado dela, do lado de lá. Mitte Media Festival, Berlim, Alemanha

2017
Elogiamos a casa que se abre a perder de vista. Galeria Bolsa de Arte, São Paulo, Brasil
AÃ. Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, Brasil
Die Blaue Nacht. St. Egidien Kirche, Nuremberg, Alemanha

2016
A cidade, as ruínas e depois a cidade. Torre Malakoff, FUNARTE, Recife, Brasil
Komplizen. HbK, Saarbrücken, Alemanha
Documentos de transição. Galeria Península, Porto Alegre, Brasil

2015
On Paper. Galería Area 72, Valencia, Espanha
Tendência do livro de artista no Brasil — 30 anos depois. Centro Cultural São Paulo (CCSP), São Paulo, Brasil
Arte e ciência — Nós entre os extremos. Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil
Filmes e vídeos de artistas — Coleção Itaú Cultural. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, Brasil
Finisterre. Sputenik the Window, Porto, Portugal
Proyector 15 — 8th International Videoart Festival. Quinta del Sordo, Madri, Espanha
IVAHM — Festival Internacional de Video Arte de Madri / New Media Festival. Centro Neomudéjar, Madri, Espanha

2014
Cidade gráfica. Itaú Cultural, São Paulo, Brasil
O desenho como instrumento. SESC Pompeia, São Paulo, Brasil
DAS SPIEL HÖRT ES AUF, WENN ES ZU ENDE IST. Auswärtiges Amt — Lichthof, Berlin, Alemanha
Nassauischer. Kunstverein, Wiesbaden, Alemanha
A invenção do horizonte. Galeria Bolsa de Arte, São Paulo, Brasil

2013
Campo magnético. Fundação ECARTA, Porto Alegre, Brasil
O jogo só acaba quando termina. Museu Nacional, Brasília, Brasil
O jogo só acaba quando termina. Palacete das Artes, Salvador, Brasil
O jogo só acaba quando termina. Anexo Zabala, Banco da República, Montevideo, Uruguai
Walking. Paço das Artes, São Paulo, Brasil

2012
Mar de tubarão. Galeria Jaqueline Martins, São Paulo, Brasil
FILE Hipersônica. SESI, São Paulo, Brasil
Acirema. Honor Fraser Gallery, Los Angeles, Estados Unidos

2011
Os 10 primeiros anos. Instituto Tomie Othake, São Paulo, Brasil
Sehnsucht. AABER Artspace, Munique, Alemanha
8ª Bienal de Artes do Mercosul — Além Fronteiras. Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Porto Alegre, Brasil
Moving Images. ADBK, Munique, Alemanha
Percursos simulados. Paço das Artes, São Paulo, Brasil
Lugares/representações. FUNARTE, São Paulo, Brasil
Simulated pathways. Skalitzer 140, Berlim, Alemanha

2010
The South Project. The West Wing, Melbourne, Austrália
Dois pontos. Museu Murillo la Greca, Recife, Brasil
Convivência espacial. Fundação ECARTA, Porto Alegre, Brasil
Convivência espacial. Museu Murillo La Greca, Recife, Brasil

2009
7ª Bienal de Artes do Mercosul — Projetáveis. Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Porto Alegre, Brasil
FILE RIO. Oi Futuro, Rio de Janeiro, Brasil

2008
15º Salão da Bahia. Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Brasil
FILE. SESI, São Paulo, Brasil

2007
Palavra figurada. Centro Cultural ESPM, Porto Alegre, Brasil
Percursos. Galeria do DMAE, Porto Alegre, Brasil

2006
Atos visuais. FUNARTE, Brasília, Brasil

2005
Usos rituals — Més Enllá del Lengatge. Centre Civic Can Felipa, Barcelona, Espanha

Coleções Públicas +
Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, Brasil.

Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Rio Grande do Sul, Brasil.

Centro Cultural São Paulo (CCSP), São Paulo, Brasil.

Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS), Rio Grande do Sul, Brasil.

Museu de Arte Aloísio Magalhães, Recife, Brasil.

Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre, Brasil.

Nascida em Maceió, Marina Camargo concluiu bacharelado e mestrado em Artes Visuais no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Sua pesquisa sempre esteve marcada por uma noção expandida de desenho, na qual imagem e pensamento se constituem mutuamente. Foi com a mudança para Barcelona, onde estudou Cultura Visual na Universitat de Barcelona, que temáticas relacionadas à cartografia e ao deslocamento passaram a ser recorrentes em seu trabalho. Para a artista, a representação cartográfica de espaços é um modo de pensar sobre as ordens do mundo: as diversas narrativas históricas, econômicas, políticas e sociais formam mapas de naturezas distintas. Apesar de serem baseados em dados da realidade, eles carregam sentidos que extrapolam a precisão científica. Marina Camargo verte a representação do mapa fazendo uso de diversas mídias e suportes—ora em instalações tridimensionais em borracha ou em metal, ora na forma de desenhos, fotografias, ampliações ou pinturas—, ultrapassando qualquer dimensão objetiva da cartografia. Interessa-lhe mais a falha dessas representações, aquilo que permanece incompleto nos relatos do mundo; são vestígios da representação do espaço, ruínas dos tempos históricos que marcam os espaços e lugares habitados. Mapas que são marcados por narrativas e textos contados sem palavras, mas articulados por um vocabulário próprio. Todo mapa é feito de invenção, todo mapa guarda uma dimensão narrativa que o aproxima de uma ficção.

Na série de Mapas-moles, o uso de materiais flexíveis como borracha e látex atribui uma distorção física das formas dos mapas. Essa dimensão fluida se mistura a uma dimensão erótica destes trabalhos, na qual a corporeidade atribuída aos mapas é algo que não pertence à natureza da cartografia, remetendo a uma dimensão escultórica das formas. Nesse sentido, a referência à série ‘Obra mole’ de Lygia Clark é central, pois ultrapassa a ideia de escultura através de formas que não tem dentro e fora, formas que se expandem a partir de superfícies recortadas, dobradas, às vezes suspensas. Os trabalhos de Marina Camargo evidenciam enfim dois modos distintos de percepção dos lugares: através da representação do espaço ou da presença nos lugares (percepção da matéria). O que se anuncia entre esses dois modos é um sentido de deslocamento marcante tanto na sua vida quanto em seu trabalho.

Em 2010, Marina Camargo recebeu uma bolsa do Deutscher Akademischer Austauschdienst [DAAD] para estudar com Peter Kogler, na Akademie der Bildenden Künste, em Munique. Atualmente, ela vive e trabalha entre Porto Alegre e Berlim. Suas obras integram algumas coleções nacionais importantes, como o Museu de Arte do Rio (MAR), o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), o Centro Cultural São Paulo (CCSP), entre outros.

Obras

Mapa-Mole [Sul Infinito]

2022
Borracha
220 × 400 cm

Nos Mapas-Moles, os elementos cartográficos são transformados em objetos de borracha maleável, deformando suas formas originais, desconstruindo a grade que orienta a representação geográfica dos continentes. Em Mapa-Mole [Sul Infinito], a projeção do mapa do mundo mostra o sul e o norte em proporções iguais. Nesta projeção cartográfica, originalmente desenhada por John F. W. Herschel em 1859, o polo norte é representado por um ponto, enquanto o polo sul aparece nas linhas divergentes, projetando-se no espaço infinito.

 

Vista da exposição Cartografías fluidas y otras metamorfosis del espacio, individual de Marina Camargo na Fundación Giménez Lorente, em Valença, Espanha, 2022.

Mapa–Mole [Espectro]

2022
Borracha
190 × 145 cm

Vista do 37º Panorama da Arte Brasileira – Sob as cinzas, brasa, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2022.

Mapa-Mole [Fluxo]

2021
Borracha e barras de latão
250 × 140 ×200 cm [cada]

Foto: Tiffany Danielle Elliott

Mapa-Mole [Fluxo]

2021
Borracha e barras de latão
250 × 140 ×200 cm [cada]

Foto: Tiffany Danielle Elliott

Geografias desdobradas

2021

1| Geografias desdobradas  [África]
Nanquim sobre folha laminada de madeira mogno africano
29,7 × 21 cm

2| Geografias desdobradas [América do Norte]
Nanquim sobre folha laminada de madeira cerejeira americana
29,7 × 21 cm

3| Geografias desdobradas [América do Sul]
Nanquim sobre folha laminada de madeira Teca
29,7 × 21 cm

Mapa–Mole [Atlântico Sul]

2020
Recorte em borracha
150 × 240 cm

Mapa–Mole [América do Sul]

2020
Recorte em borracha
110 × 230 cm

América-Látex [pós-extrativismo]

2020
Látex
300 × 145 cm
[
dimensões da peça instalada]

Topografia de cratera

2019
Recorte em alumínio
com pintura eletrostática
114 x 114 cm

Topografia de cratera

2019
Pintura eletrostática sobre recorte em alumínio
114 x 114 cm

A representação do relevo de uma cratera se divide em 20 desenhos. Cada desenho mostra uma visão frontal de parte da topografia, remetendo a imagens de paisagem, como silhuetas de montanhas. Há duas dimensões distintas do trabalho: ao ser observado de perto, os desenhos remetem a imagens de silhuetas de montanhas; quando visto de longe, o desenho da cratera fica mais evidente.

Topografia de cratera

2019
Recorte em alumínio
com pintura eletrostática
114 x 114 cm

Mapa–Mole I

2019
Recorte em borracha
160 × 140 × 20 cm

Mapa–Mole I

2019
Recorte em borracha
160 × 140 × 20 cm

Continentes dobrados [América do Sul]

2019
Latão
42 × 42 × 10 cm

Continentes dobrados [África]

2019
Metal
55 × 43 × 10 cm

Continentes dobrados [África]

2019
Metal
55 × 43 × 10 cm

Alto-mar [Atlântico]

2018
Impressão digitalsobre Alu-Dibond
90 × 450 cm [dimensão variável]

 

Alto-mar [Atlântico]

2018
Impressão digital sobre Alu-Dibond
90 × 450 cm [dimensão variável]

Os oceanos transcendem as fronteiras internacionais. A Convenção dos Mares define um específico sentido de liberdade: os oceanos não pertencem a nenhum país. Logo, as águas internacionais não estão sob soberania de nenhum Estado, o que define a liberdade de pesca, pesquisas, instalação de cabos, navegação nas águas, etc. Essa zona de liberdade e sem fronteiras remete a um sentido utópico, onde tudo seria potencialmente possível. Ao mesmo tempo, os oceanos são áreas de cruzamento.

Notas sobre a história universal

2018
Pintura sobre páginas de livro
13 × 23 cm [cada]

Brasil. Extrativismo

2017
Video
10’14”

Brasil. Extrativismo é um registro contínuo da ação de apagamento de um mapa mapa do território do Brasil que apresenta atividades de extração predominantes em cada região do país. A lenta desaparição do mapa remete a outros apagamentos, como uma espécie de simulação do projeto em curso de destruição sistemática da natureza. O apagamento do mapa faz referência a um gesto da própria ação extrativista, tomada de fúria e esforço físico, e que culmina em um desflorestamento desenfreado e crescente. Inclusive a própria borracha que apaga o mapa é parte da história do extrativismo no Brasil: a extração do látex na Amazônia.

Brasil. Extrativismo

2022
Registro de ação
Fotografia
62 × 60cm

 

Gravidade na linha do Equador

2015
Desenhos recortados
em madeira e pintados
1000 × 150 cm
[dimensões variáveis]

Gravidade na linha do Equador

2015
Desenhos recortados
em madeira e pintados
1000 × 150 cm
[dimensões variáveis]

E se o mundo fosse representado com apenas um hemisfério, como a nossa compreensão geopolítica do mundo poderia ser afetada? Em Gravidade na Linha do Equador desaparecem as grades ortogonais que coordenam a representação geográfica da Terra, estabelecendo um outro sistema, outra gravidade, outro corpo para os territórios. Não são mais relevantes as fronteiras, os nomes dos continentes ou países, nem os mares ou oceanos.

Ao sul [Abaixo da linha do Equador]

2015
Instalação com mapas
50 × 200 cm
[dimensões variáveis]

Ao sul [Abaixo da linha do Equador]

2015
Instalação com mapas
50 × 200 cm
[dimensões variáveis]

Reflexo Distante

2013
Impressão em papel matte adesivada sobre PS;
pintura eletrostática sobre placa de ferro
230 × 100 cm
200 × 100 cm

Reflexo Distante

2013
Impressão em papel matte adesivada sobre PS;
pintura eletrostática sobre placa de ferro
230 × 100 cm
200 × 100 cm

Reflexo Distante

2013
Impressão em papel matte adesivada sobre PS;
pintura eletrostática sobre placa de ferro
230 × 100 cm
200 × 100 cm

Oblivion

2010
Acrílica sobre cartão postal
[dimensões variáveis]

Oblivion

2010
Acríli sobre cartão postal
[dimensões variáveis]

Oblivion

2010
Acrílica sobre cartão postal
[dimensões variáveis]

Sem Título [Letras na parede]

2009
Acrílico
15 × 15 × 1 cm
[dimensões variáveis]

Sem Título [Letras na parede]

2009
Acrílico
15 × 15 × 1 cm
[dimensões variáveis]

Sem Título [Letras na parede]

2009
Acrílico
15 × 15 × 1 cm
[dimensões variáveis]

Lições de Escultura: Brancusi no ar

2002|2010
Livro de artista
10 × 15 cm