Artistas:
Carlos Asp, Carlos Pasquetti, Clóvis Dariano, Mara Álvares, Telmo Lanes e Vera Chaves Barcellos
Surgido em meados da década de 70, o Grupo Nervo Óptico foi um movimento de artistas de vanguarda do Rio Grande do Sul, com atuação entre 1976 e 1978. Sua inventiva produção — sobretudo usando a fotografia como suporte para experimentação — se destaca pela crítica à lógica de mercado como condutora das políticas culturais.
A história do Grupo Nervo Óptico começa em 1976, quando jovens artistas de Porto Alegre começaram a se reunir. Nesses encontros, discutia-se o contexto cultural e político do Rio Grande do Sul. Nesse mesmo ano, Carlos Asp, Carlos Pasquetti, Clóvis Dariano, Jesus Escobar, Mara Álvares, Telmo Lanes, Romanita Disconzi e Vera Chaves Barcellos redigiram e assinaram um manifesto, crítico à ideologia de mercado como condutora de políticas culturais. Eles logo deram início ao que chamaram de Atividades Continuadas, que consistiu em dois dias de exposição de objetos, obras gráficas, fotografias, instalações, livros de artista, projeções, performances, ações e debates, na sede do MARGS (Museu de Arte do Rio Grande do Sul).
Nervo Óptico foi o nome adotado por Carlos Asp, Carlos Pasquetti, Clóvis Dariano, Mara Álvares, Telmo Lanes e Vera Chaves Barcellos, em 1977, para denominar uma publicação mensal “aberta a novas poéticas visuais”. Impresso em off-set, no formato de “cartazetes”, esse material gráfico era distribuído de forma gratuita. Publicado mensalmente durante 13 meses, cada edição continha trabalhos inéditos de artistas do grupo ou convidados. Com a publicação dos “cartazetes” o trabalho dos artistas passou a repercutir fora do estado, rendendo aos artistas o nome Grupo Nervo Óptico, dado pelo crítico Frederico Morais em uma matéria de jornal e posteriormente adotado pelo grupo.
As atividades do grupo se estenderam até 1978 com as sessões criativas, que renderam um farto material fotográfico de ações e atividades experimentais, caracterizadas pelo humor e por jogos inventivos. O Grupo Nervo Óptico ainda participou de outras exposições, como as realizadas na Galeria Eucatexto e no Instituto de Artes, no Centro Cultural São Paulo e na Fundação Vera Chaves Barcellos, no Rio Grande do Sul.