Gê Viana nasceu em Santa Luzia, Maranhão, em 1986, mas vive e trabalha em São Luís. Formada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a artista produz colagens e fotomontagens, analógicas e digitais, inspiradas em acontecimentos da vida familiar e do cotidiano, confrontando a cultura colonizadora hegemônica e os sistemas de arte e comunicação.
A partir de um encontro com Lívia Aquino, pesquisadora do campo das artes visuais, Gê Viana passa a fazer uso da ‘imagem precária’ e dos meios de apropriação de fotos históricas. Sobre sua produção, ela comenta: “Criar um caminho na arte hoje parte da ideia de denúncia, lançando mão das categorias estéticas. Penso no legado deixado pelos fotógrafos que denunciaram em cliques o cotidiano das grandes metrópoles, guetos e povos tradicionais. As imagens de arquivo que trago são imagens que ainda carregam um trauma histórico do nosso povo, então pensei num modo de apropriação para trazer outras narrativas, que trabalhem possibilidades mais felizes, pois sinto que nossa felicidade está em risco.”
Gê Viana foi residente entre 2018 e 2019 da Bolsa Pampulha. Em 2020, foi vencedora do Prêmio PIPA, sendo membro do Comitê Indicação do prêmio no ano seguinte.