Falves Silva [Cacimba, Brasil, 1943] é um dos artistas precursores do movimento Poema/Processo, ao lado de nomes como Moacyr Cirne, Wlademir Dias Pino, Álvaro de Sá e Neide Sá, participando em 1967 de seu manifesto inaugural. Em 1981 participa da XVI Bienal de São Paulo, com curadoria de Walter Zanini. A partir da década de 1980, se associa à rede internacional de Arte Postal, mantendo-se em intenso e profícuo diálogo com artistas de distintas gerações e nacionalidades, dentre os quais Jota Medeiros, Ivald Granato, Leonhard Frank Duch, Paulo Bruscky, Hudinilson Jr, Clemente Padín, Edgardo Antonio Vigo, Ulises Carrión e Horácio Zabala. Tem seus trabalhos exibidos na International mail art exhibition, Tóquio, Japão, em 1984, e na II Bienal de Arte Correio, Espanha, em 1999. Mais recentemente, o artista teve sua exposição individual “Círculo do Tempo”, retrospectiva de sua carreira, apresentada no Centro Cultural São Paulo. A produção de Falves Silva pode ser pensada como uma convergência de dois dos principais eixos da arte brasileira: os movimentos concretos e a arte conceitual. O artista dialoga com a literatura, o cinema e a história em quadrinhos; manipulando estruturas comunicativas e imagens da história da arte e da comunicação de massa, Falves Silva cria sua obra diversificando a abordagem e o tratamento dos materiais que elegeu.